Nosso objetivo hoje seria alcançar Puerto Puyuguapi. Logo cedo já estavamos na estrada com o marcador de temperatura ambiente acusando 0°C. Da mesma forma que ontem, muito rípio e pouco asfalto, sendo que os últimos 50km são feitos dentro do Parque Nacional Queulat.
Algumas fotos do caminho

Mudança do rípio para asfalto,

Novamente mudança de asfalto para o rípio, no início do caminho pelo Parque Nacional Queulat,

Chegamos em Puerto Puyuguapi e estava tudo fechado, hora da siesta. A pousada que iríamos ficar estava fechada. A cidade estava deserta. Partimos para o plano B e seguimos em frente para um lodge que já havia pesquisado. Lá fomos recebidos pelo proprietário que nos informou que também estava fechado mas, que poderia nos arrumar uma cabana. O local é maravilhoso só que não havia o que comer. Então por sugestão dele continuamos para La Junta onde nos informou que havia um hotel que não estava fechado. Chegamos ao hotel, que estava funcionando, e nos surpreendeu o que vimos.
Um belo hotel com dependências de 1ª e serviços também. Além disso um restaurante com uma comida maravilhosa. E tudo isso em La Junta, quem conhece sabe do que estou falando.
Foto em La Junta

A noite tornamos a encontrar o Fabião e o Dalmo, que se hospedaram no mesmo hotel

Amanhã partiremos para Trevelin.

Ontem à noite quando fomos a um restaurante encontramos o Fabião e o Dalmo. O Fabião é um companheiro de viagens que tinha encontrado no ano passado em Caceres quando me dirigia para Machu Picchu e o Dalmo é da Ecoexpedições. Me disseram que o caminhão com combustível já havia chegado e que iriam mais tarde abastecer. Preferi deixar para o dia seguinte pois, já era tarde e não acreditei que fossem descarregar aquela hora. No dia seguinte bem cedo parti para o posto e não deu outra, o caminhão ainda não havia descarregado. Fiquei na fila e em seguida chegou o Fabião.

Depois de mais de uma hora aguardando, abasteci e parti para Coyhaque. O Fabião e o Dalmo iriam logo em seguida.
O caminho é uma sequencia de belas paisagens. Logo assim que entramos na estrada e andavamos bem devagar esperando os vidros e espelhos descongelarem, a temperatura era de -1°C, com a maior tranquilidade um puma atravessou a estrada bem a nossa frente.
Algumas fotos do caminho

Quando preparei esse roteiro haviam dois objetivos a serem alcançados. A chegada a Ushuaia e a Carretera Austral. Hoje foi o primeiro passo para o segundo objetivo.
Chegamos cedo e após nos alojarmos, saimos para conhecer a cidade. Coyhaque é bem simpática e agitada. Possui um comércio bem diversificado com ótimas lojas de roupas técnicas e vários restaurantes.

Saímos cedo de Gobernador Gregores e partimos para Paso Roballos por onde iríamos atravessar a fronteira. O problema do combustível persiste, em Bajo Caracoles também não havia. Eu estava tranquilo pois, levava 60l de reserva, que acabou nem sendo usado.
Chegamos em Cochrane e também não há combustível. Existe a promessa de chegar amanhã. Vamos ver o que acontece.
Fotos do caminho

Lago Ghio

Aduana em Paso Roballos

Como já sabíamos do problema de falta de combustível e do estado precário da estrada, resolvemos fazer a ida para Cochrane em duas etapas aliás, como disse desde o princípio, essa seria uma viagem sem stress. Hoje fizemos a primeira perna até Gobernador Gregores e amanhã faremos a segunda.
Em Gobernador Gregores encontramos um casal, o Martin e a Martina, que estão viajando de kombi a tres anos. Batemos um longo papo e ele disse que quando a viagem acabar, estavam rumando para Ushuaia, eles iriam dar um tempo no Rio, aonde mora o irmão do Martin

Deixamos El Calafate e rumamos para El Chalten.

No caminho fomos brindados com a bela visão do lago Viedma.

Depois entramos no Parque Nacional Los Glaciares

A cidade é o paraiso dos amantes do treking e das escaladas. É onde se localiza o monte Fitz Roy que atrai gente do mundo inteiro para enfrenta-lo.
Também tem passeios para os que não gostam de caminhar sendo o mais procurado a visita ao Lago del Desierto. O caminho para o lago é muito bonito. A temperatura estava por volta dos 2°C, tendo em certo momento, nevado

O lago é uma pintura. Está entre as paisagens mais bonitas que já vi. As fotos não farão justiça à sua beleza mas, aí vão

O barco sai as 09:00h e retorna as 16:00 para o porto de Punta Bandeira que fica a 44km de El Calafate.

Além da passagem do barco tem de comprar a entrada do parque.
Logo no embarque fomos para a parte de cima e lá vimos que havia uma área com poltronas na praça de comando. Perguntei e fui informado que por mais algum $$$ poderia ir para lá. Achei que compensaria pois estava quase vazio, a área é isolada, as poltronas são muito mais confortáveis, não existe disputa por um lugar para fotografar e ainda tem serviço de bordo. A escolha foi a mais acertada possível, valeu cada centavo.

Partimos então rumo ao Glaciar Upsala que, por sorte nossa, o caminho havia sido desbloqueado ha pouco tempo.

A primeira visão é impressionante. De longe se percebe a extensão e de perto o paredão até assusta.

Deixamos o Upsala e partimos para o Spegazzini. Durante o caminho é possível observar vários glaciares menores

e blocos de gelo que se desprendem e navegam para bem longe.

Chegamos e, mais uma vez, outra bela visão. Consegui captar o exato momento em que se desprende um grande bloco de gelo,

formando uma onda incrível.

Aqui, outro bloco que se solta.

Outra linda imagem.

Depois do Spegazzini o barco rumou para o Glaciar Perito Moreno que é realmente impressionante.

E aí retornamos ao porto.

Partimos de Puerto Natales rumo a El Calafate. Aduanas feitas a partir de Cerro Castillo super tranquilas. Chegamos cedo e aproveitamos para conhecer a cidade. Nos deixou uma ótima impressão principalmente pela educação dos moradores. Em seguida fomos buscar acomodações. Se tem uma coisa que não falta em El Calafate, é hotel. Para todos os gostos e bolsos. Depois de nos alojarmos saímos para comer e contratar o passeio de amanhã pelo lago Argentino aonde iremos conhecer os glaciares. Optamos pelo passeio de barco que leva o dia todo. Vamos ver como será.